WebtivaHOSTING // webtiva.com . Webdesign da Bahia
pmvc

secom bahia

diamantina toyota

pel construtora

herrera hair institute

VCA Yah Kahakai

VCA Verso

litiz motos yamaha

kaka diniz

camara vc cmvc

natanael a honra do cla

Após mortes de operários, auditores intensificam vistorias de elevadores

Rede Bahia | G1

Primeira etapa de fiscalização preventiva está focada nos freios. Cerca de 300 canteiros de obras serão alvo da ação.

Vinte auditores fiscais começam a vistoriar os elevadores dos 300 canteiros de obras de Salvador a partir da tarde desta quinta-feira (11). O sistema de frenagem é o foco desta primeira etapa, conforme informa a Superintendência de Trabalho e Emprego (STE), órgão vinculado ao Ministério do Trabalho. Não foi confirmado qual será o horário e o canteiro vistoriado nesta tarde.

Queda de elevador em construção deixa operários mortos em Salvador

A medida de prevenção de acidentes em elevadores da construção civil, também chamado de balança, foi intensificada pelo órgão depois da morte de nove operários na manhã de terça-feira (9). A ação foi decidida após reunião do órgão com sindicalistas ligados à construção civil e representantes de empresas prestadoras de serviço de manutenção desses elevadores especializados.

A segunda etapa da fiscalização do equipamento está programada para começar no dia 5 de setembro. De acordo com a STE, a inspeção estará direcionada ao eixo da roldana, ferramenta que sustenta a parte superior do elevador. Na segunda fase, a STE informa que auditores fiscais do interior do estado serão convocados na ação.


Causas do acidente

As ferramentas que serão vistoriadas na ação dos auditores fiscais foram apontadas por técnicos da Delegacia Regional do Trabalho como as falhas mecânicas que ocasionaram o acidente.

A queda ocorreu por volta das 7h, na construção do edifício Empresarial Paulo VI, localizado na Avenida ACM, em Salvador. A obra está interditada e a categoria fez protesto contra o acidente na quarta-feira (10), na capital baiana.

O coordenador de análises de acidentes, Anastácio Gonçalves, explica as evidências. “No momento em que o eixo quebrou, o elevador começou a cair, até porque não tinha nada que o sustentasse. Mas tem um mecanismo, que é o freio automático, que segura a cabine em qualquer posição que ela se encontre, que também falhou”, explica. Ele comenta ainda que o material já devia ter sido substituído. “O eixo e o freio estão bastante desgastados. Todas as evidências levam para uma falha de manutenção, já que o elevador é muito antigo, é de 1998”, observa.

José Ribeiro, presidente do Sintracom-BA (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e da Madeira da Bahia), alerta para o mesmo ponto: manutenção. “Uma peça nova dificilmente se romperia. Se tivesse com manutenção com certeza o freio reserva do equipamento teria travado”, comenta. De acordo com Ribeiro, diversos operários relataram que o equipamento já havia apresentado defeito em outras obras.

O auditor fiscal e chefe da Superintendência Regional do Trabalho, Flávio Nunes, afirma que equipes de inspeção averiguam os canteiros de obras com periodicidade. Uma das ações de rotina, segundo ele, é a verificação da condição dos dispositivos de segurança, como medida de prevenção de acidentes. Ele confirma que a hipótese preliminar é de que a falta de manutenção tenha causado o acidente.

“Há indícios, apenas indícios, de que o problema foi ocasionado em função de uma manutenção inadequada, que acarretou no rompimento mecânico de um eixo e, por consequência, o freio não atuou. Aí a gente verifica que houve algumas irregularidades, que supostamente contribuíram para a ocorrência do acidente”, diz.

A obra foi embargada ainda na terça-feira (9), logo após o acidente. Conforme avisa o auditor fiscal, a obra só será retomada após realização da adequação dos requisitos que serão apontados, do ponto de vista da segurança do trabalho. “Interditamos os elevadores, o que é uma prática comum nos canteiros de obra da região, porque colocam em risco a integridade física das pessoas. São acidentes preveníveis, porque a resolução desses problemas está previstas na norma regulamentadora”, explica.

Empresa nega desgaste

O advogado e um dos diretores da Construtora Segura, responsável pela obra, Fernando Magalhães, defende que o eixo não estava desgastado e trabalhava dentro de sua vida útil. Ele conta que, no momento, a preocupação da empresa é com a assistência às famílias vitimadas, no sentido de minimizar as problemáticas. “Tudo o que falarmos aqui talvez seja precipitado. Precisamos fazer algumas análises, verificar efetivamente o que aconteceu. A construtora está fazendo tudo o que está ao alcance dela para ajudar a Delegacia Regional do Trabalho, a peça inclusive foi retirada pela construtora e entregue a um auditor do trabalho”.

Ainda segundo o empresário, a manutenção dos elevadores foi realizada no sábado (6) e dos cabos que sustentam o equipamento há 30 dias. “Com a quebra possivelmente do eixo, a falha no freio veio em seguida. Mas é prematuro sair daqui com uma definição”, completa.

Leia também no VCN: