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Quimioterapia pode prejudicar a fala do presidente, alerta especialista

Estadão

Tratamento contra tumor na laringe deve deixar sequelas, mas elas podem ser minimizadas com reabilitação fonoaudiológica, diz especialista.

Uma das maiores preocupações dos médicos ao tratar de um paciente com câncer na laringe é com as possíveis sequelas na voz. Embora no caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha-se optado por evitar a cirurgia para minimizar as perdas vocais, especialistas ouvidos pelo Estado afirmam que a quimioterapia e a radioterapia também podem prejudicar a fala.

“A radioterapia causa um enrijecimento nos tecidos da região. E, quanto mais rígido fica o tecido, maior é da dificuldade para falar e para engolir”, explica José Guilherme Vartanian, cirurgião de cabeça e pescoço do Hospital A. C. Camargo. Segundo ele, Lula provavelmente terá de se submeter também ao tratamento radioterápico, pois a quimioterapia não é suficiente para eliminar esse tipo de tumor.

“A quimioterapia potencializa os efeitos danosos da radioterapia para a fala. Além disso, a região da laringe afetada pelo tumor não se recupera mais”, diz.

Vartanian explica que a gravidade das sequelas vai depender do tamanho do tumor e do tipo de radioterapia utilizado. Mas, continua, os grandes hospitais da capital – como o Sírio-Libanês onde o presidente fará seu tratamento – já contam com técnicas modernas que causam menos danos aos tecidos da região.

A presidente da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, Mara Behlau, explica que, após o tratamento contra câncer de laringe, é muito comum que os pacientes fiquem com a voz mais baixa e mais rouca. Esses efeitos, no entanto, são minimizados com a ajuda de exercícios vocais.

“Lula é um grande comunicador. Tem uma voz naturalmente rouca que é muito característica de sua personalidade. Tenho certeza de que, com a reabilitação fonoaudiológica, poderá recuperar quase totalmente sua assinatura vocal”, avalia a especialista. Mara cita como exemplo o caso do cantor britânico Elton John, que nos anos 1980 se submeteu a uma cirurgia na garganta e depois voltou a cantar normalmente.

Segundo informações do Instituto Nacional de Câncer (Inca), tumores na laringe estão associados ao tabagismo – maior fator de risco – e ao consumo de álcool. Pacientes que mantêm esses hábitos têm probabilidade de cura diminuída e aumento do risco de aparecimento de um segundo tumor.

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