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Wagner: Hora é de olhar para frente

Tribuna da Bahia

“Asseguro que a Bahia terá um Carnaval de paz”, disse o governador da Bahia.

O governador Jaques Wagner, que se viu obrigado a usar todo seu poder de articulação durante os 12 dias de greve da Polícia Militar da Bahia, reuniu a imprensa ontem em coletiva para agradecer a população pelo sentimento de solidariedade expressado ‘durante os dias de sofrimento’ e para deixar claro que todo o tormento está superado e que agora é hora de olhar para frente.

Wagner aproveitou para reforçar seu repúdio por aqueles que agiram de forma truculenta e ilegal e reiterar sua posição contrária à anistia desses PMs. Para ele, o movimento grevista não poderia fazer a democracia “ficar de quatro diante das armas e a nossa postura não poderia ser diferente diante de formas inaceitáveis de tentar conseguir o que se deseja. A alternativa seria chancelar. Aí, ano que vem, como é que é? É assembleia e tiro na rua. Aí, o céu seria o limite”.

No entanto, embora tenha deixado claro sua insatisfação diante da forma com que o movimento foi conduzido, o governador fez questão de pontuar que além do reajuste de 6,5% retroativo a janeiro e mais o compromisso no pagamento das gratificações por atividade policial (GAPs 4 e 5), continuará trabalhando para melhorar as condições de trabalho da categoria. Como exemplo, o líder petista citou projetos de lei como o que foi aprovado recentemente na Assembleia Legislativa, que estabelece bônus financeiro para policiais que contribuírem para a redução dos índices de violência.

Por fim, resumindo a sua insatisfação diante do movimento, classificado como uma verdadeira prova de fogo, o governador pontuou: “Estou satisfeito porque a greve acabou, mas não posso dizer que estou feliz diante de tudo que aconteceu nesses 12 dias”.

“Mas asseguro que a Bahia terá um Carnaval de paz”. Segundo ele, mais de 23 mil homens, entre policiais militares, civis e integrantes do Departamento de Polícia Técnica (DPT), vão trabalhar ao longo dos circuitos e nos 20 municípios que realizarão a festa, além do Carnaval nos bairros de Salvador. O planejamento para a folia está mantido e é o mesmo adotado nos anos anteriores, conforme destacou o próprio governador.

A novidade fica por conta da permanência das tropas federais como reforço ao efetivo da polícia baiana, que está sendo avaliado. A Força Nacional de Segurança deverá atuar com o efetivo que se deslocou para a Bahia, totalizando 320 homens extras trabalhando no período de festa.

“Já falei com o ministro da Justiça (José Eduardo Cardoso) e a Força Nacional vai ser mantida com um contingente pouca coisa menor, porque aqui tem um contingente de bombeiros, e entendemos que não é necessário. O efetivo será definido em reunião do general Gonçalves Dias com o comando da PM.

O ministro Celso Amorim já me ligou para saber qual o contingente que acharíamos ideal por uma questão preventiva e para complementar o trabalho da PM”, disse Wagner, reforçando que o Carnaval 2012 será marcado pela tranquilidade. A PM trabalhará na festa deste ano com o efetivo de 19.727 homens e mulheres.

“Três helicópteros e um avião moto planador do Grupamento Aéreo (Graer) farão parte do efetivo de veículos para transporte, mapeamento e resgates quando houver necessidade”. Serão instalados 158 postos da PM, 15 integrados e 29 do Corpo de Bombeiros, que atuarão no combate a incêndios, afogamentos e outras ocorrências.

Mudança na PM é descartada

Durante a coletiva, o governador Wagner destacou ainda que não há qualquer perspectiva na troca do comando da Polícia Militar, conforme chegou a ser ventilado pela imprensa. “O coronel Alfredo Castro continua onde sempre esteve. Não tem perspectiva de troca no comando.

É óbvio que, neste momento, haja boataria vinda de pessoas que têm interesse ou que não gostam dele”. Wagner avaliou também que o reajuste salarial não era a questão principal. “A ideia era levar a greve para o Rio de Janeiro, São Paulo e depois a Brasília. Essa formatação, depois da revelação das escutas, ficou claro que transcende a questão salarial.

Quero direcionar aqui a todos os membros da PM para dizer que reflitam sofre o ocorrido, sobre o que afetou a imagem da Bahia, que é de paz”, assegurou, complementando que com o reforço da Força Nacional e do Exército “nós conseguimos impor uma ordem a uma metodologia de intimidação à população. Uma coisa é reivindicar salários. Outra é colocar a população deitada com medo de armas. Foi isso que a gente viu aqui”.

Wagner fez questão de pontuar que a greve se estendeu não por falta de tentativa de negociar. “Tivemos uma reunião na casa de Dom Murilo Krieger que durou cerca de 10h. Foram eles que não negociaram. Imaginavam que pela força poderiam chegar onde queriam. Acontece que temos um orçamento apertado e esse é um ano de interrogação”, disse, lembrando que, diferente do que acontece, a carta de reivindicações dos PMs só foi entregue no dia 30 de janeiro, um dia após o anúncio da greve.

Por fim, o governador, com o reforço do secretário de Segurança, Maurício Barbosa, rechaçou que houve privilégio na distribuição de policiais durante a greve de parte da corporação.

“Posso garantir que não aconteceu isso. Se tentou fazer a proporcionalidade, com a exceção da Assembleia Legislativa , onde estava o foco do problema”, declarou o governador. Já o secretário explicou que os bairros periféricos costumam registrar maior número de mortes, independentemente da greve. “Não há situação fora do padrão”, disse Barbosa.

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