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O grupo português Ongoing, que controla os jornais Brasil Econômico, Marca Brasil e Meia Hora fechou a aquisição do portal iG, que pertence à operadora Oi.
A informação foi divulgada pelo grupo português no início da tarde, após o contrato entre as partes ser assinado num escritório de advocacia, na capital paulista. Embora o valor não tenha sido divulgado, fontes próximas à negociação afirmam que a Oi pedia R$ 500 milhões para vender seu portal, atualmente o quinto mais acessado do Brasil entre os sites de notícias, segundo dados do Ibope.
“A Ongoing, por meio de sua holding brasileira, informa que assinou hoje um acordo para a compra do portal iG. Com isso, a Ongoing pretende alavancar ainda mais a história de sucesso do portal, um dos maiores do Brasil”, afirmou o grupo por meio de nota.
Ao longo dos últimos dez meses, o controle do iG esteve na mesa de negociações e, além do grupo português, o portal UOL, do grupo Folha, negociava a aquisição. A favor dos portugueses esteve o fato da Ongoing ser acionista da Portugal Telecom, companhia que detém parcela do capital da Oi, o que facilitou as negociações.
Além do UOL, o grupo gaúcho RBS (controlador dos sites de entretenimento Guia da Semana e ObaOba) e o banqueiro André Esteves, dono do BTG Pactual, também tentaram, sem sucesso, negociar a compra do portal.
Para o Ongoing, a compra significa a entrada no mercado brasileiro de portais de internet, segmento de mídia que registra acelerado crescimento no faturamento publicitário. Para a Oi, a venda deste ativo pode ajudar a companhia a reduzir um pouco seu grau de endividamento e melhorar sua capacidade de investir na expansão de sua infraestrutura de internet e telefonia no país.
Após anunciar pesados investimentos no portal iG em 2009, o que envolveu a contratação de dezenas de novos jornalistas, o portal realizou movimento inverso nos últimos oito meses, realizando demissões e reduzindo seus custos. O objetivo era deixar o balanço da empresa mais atrativo para a operação de venda, concretizada hoje.