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“Como Lula é do nosso lado, estamos tranquilos”, afirma Jaques Wagner em entrevista

fonte_247Bahia 247 | A Tarde

Governador da Bahia volta a rejeitar tese da oposição (e até de alguns aliados) de que o maior prejudicado com a insatisfação popular que ganhou as ruas do Brasil seja o PT.

O governador Jaques Wagner, provável coordenador da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff no Nordeste em 2014, voltou a rejeitar a tese da oposição (e até de alguns aliados) de que o maior prejudicado com a insatisfação popular que ganhou as ruas do Brasil seja o PT.

Para Wagner, o questionamento das pessoas é com a política em geral. Em entrevista ao jornal A Tarde, o petista reafirmou também que tem certeza de que as manifestações e a queda de popularidade não impedirão o triunfo da presidente na eleição de 2014.

As manifestações que ocorrem em todo o País são uma crítica aos políticos em geral, mas há uma crítica mais efetiva em relação ao PT, que está no poder, e os partidos tradicionais de esquerda?

Não acho, não.

Não vai refletir na próxima eleição? O senhor, como estrategista da campanha de reeleição da presidente Dilma, como vê isso?

Não sou estrategista da campanha dela, mas vou ajudar. Acho que tudo que se vê agora é fotografia de um momento inusitado que a gente nunca viveu. Acho que tirar conclusões disso aí (manifestações), seguramente tem uma taxa de risco de erro muito alta. As pessoas estão protestando porque acham que é preciso fazer mais, tem uma contestação à política, mas não vejo ninguém negando a caminhada que o Brasil fez nos últimos 28 anos.

O senhor se refere ao período da redemocratização?

Isso. Reconquistamos a democracia, conquistamos a estabilidade macroeconômica, uma moeda forte. O Brasil é respeitado, fizemos um processo de inclusão social jamais visto. Não sou nem de idolatrar o movimento nem de condenar. Acho que é um movimento que, na minha opinião, não é nem o primeiro nem vai ser o último. Nós fizemos as Diretas Já, que foi maior do que isso. Teve o Fora Collor, que na minha opinião foi semelhante a esse. Acho que a gente vive um momento novo de consolidação da democracia, das redes (sociais), mas acho que tem gente apressada, querendo tirar conclusões definitivas. Não recomendo a ninguém, no calor do evento, ficar querendo escrever sobre o futuro.

Pesquisa Datafolha mostra queda grande na popularidade da presidente Dilma e o fato de o PT está no governo também não atinge o partido?

O PT está no governo, mas veja: Lula (ex-presidente da República) ganharia de todo mundo no primeiro turno, segundo a pesquisa. Então, isso (associar protestos a eventual desgaste do PT) cai por terra.

Mas Lula é Lula. E o PT…

Não. Lula é PT.

Lula, então, seria o plano B para 2014?

Acho que o candidato de Lula é Dilma. Dei o exemplo de Lula para dizer que se precipitam os que acham que a crítica é generalizada ao PT, porque não existe símbolo maior no PT do que Lula. Na verdade, (as manifestações) são um questionamento da política. Acho que essa energia tem que vir para fortalecer e melhorar a democracia brasileira. E não para destruir a democracia brasileira. Por isso, acho estranho alguns políticos reclamarem de uma eventual convocação do plebiscito pelo Congresso. É a primeira vez que vejo numa democracia o pessoal achar ruim a participação popular através do voto. As pessoas votam nas eleições normais para escolher de vereador a presidente da República. Já votamos no plebiscito para escolher presidencialismo ou parlamentarismo (1993), já votamos no referendo sobre desarmamento (2005) e acho que cada vez mais os plebiscitos são bem-vindos. É o povo dizendo o que acha.

Neste cenário, a discussão sobre a reforma política é prioridade?

Eu creio que a reforma política é mãe de todas as reformas, porque a política precisa ter uma cara melhor para a população. Acho que a reforma é fundamental e espero que o Congresso Nacional atenda a esse clamor da rua. Acho que tem questões como as coligações nas eleições proporcionais que já passaram do tempo de mudar. Cada partido político tem que ter o tamanho que merece, que é dado pelo povo nas ruas. Eu não acho que tenha que ficar criando obstáculo para formação de partidos. Mas o partido vale na medida em que tiver voto das ruas. Se ele não tiver voto, ele não deve ter direito a tempo de televisão e dinheiro público. É o povo que vai legitimar.

O senhor, então, defende a cláusula de barreira?

Para mim, é. Se não tem voto, não tem sentido usufruir de dinheiro público.

Em relação à questão do voto obrigatório, qual a posição do senhor?

Eu sou a favor do voto facultativo. Mas, sendo obrigatório, as pessoas vão nas urnas e na ordem de 27% a 30% votam nulo. Por isso, sou a favor do voto facultativo, apesar de que, como cidadão, eu jamais deixaria de votar. Ninguém pode obrigar ninguém a ser cidadão (participar). Mas a tentativa de negar a política é uma tentativa inútil, porque não existe nada para pôr no lugar. A ditadura? Se essa democracia precisa ser melhorada, quem vai melhorar é o povo, com o voto, com ele na rua, com ele cobrando melhorias. E não tenho dúvida que nós já melhoramos muito. Quem tentar zerar esta caminhada do Brasil está cometendo grande injustiça. O mundo inteiro admira o Brasil e vai continuar admirando o Brasil por conseguir viver nesta contestação.

As pessoas estão cobrando porque acham que os políticos fazem pouco.

Eu vou falar por mim. As pessoas querem mais saúde, eu fiz cinco hospitais novos, um deles padrão de referência para o Banco Mundial (Hospital do Subúrbio). As pessoas querem mais educação, nós trouxemos cinco universidades federais para a Bahia, onde só tínhamos uma. E 28 Ifets (Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia). As pessoas estão falando em transporte público e nós aí com a licitação (da segunda etapa do metrô) para ser aberta no dia 22. Finalmente, o governo do estado assumiu o controle do metrô para si. Eu estou lendo (pleitos) na rua e acho que a mãe das reformas é a reforma política. Quem quer tirar conclusão sobre o ano de 2014 seguramente vai errar, porque não vi ninguém crescendo…

Ninguém?

Vi Marina (Silva, idealizadora da Rede Sustentabilidade) crescendo um pouco; Joaquim Barbosa (presidente do Supremo) aparecendo…

Então essa queda abrupta na popularidade da presidente não assusta?

Não assusta porque caiu todo mundo. Caiu o Alckmin (governador de São Paulo, do PSDB), caiu Fernando Haddad (prefeito de São Paulo, do PT), caiu Sérgio Cabral (governador do Rio de Janeiro, do PMDB). Quem foi que subiu, aí? O único que vi se manter foi o presidente Lula. Como ele é do meu lado, eu estou tranquilo.

Repetindo uma pergunta que foi feita à presidente Dilma, em relação a uma comparação que veio das ruas, o senhor considera o seu governo Padrão-Fifa?

Essa é uma referência ruim. Não vou me espelhar na Fifa para o meu governo. Até porque a Fifa trabalha para um espetáculo e eu pela população. Mas acho que a gente tem que buscar sempre a excelência e os melhores padrões. Isso a gente tem feito com a máquina pública, o que não é fácil, pois ela é grande e viciada. Mas, reitero, o esporte é uma política social de turismo e emprego. Não me arrependo de ter feito a Fonte Nova. Salvador precisava de uma grande arena. Foi correto o que fiz.

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