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Jorge Solla acha que as obras feitas por Jaques Wagner garantem vitória petista na sucessão

fonte_tribunaTribuna da Bahia

Secretário de Saúde da Bahia diz em entrevista que o PT irá hegemonizar escolha do candidato a governador. Mas hesita ao ser questionado sobre Otto.

Lançado como um dos possíveis nomes para a sucessão ao governo Wagner em 2014 e cotado também para a disputa a umavaga na Câmara Federal, o secretário estadual de Saúde, Jorge Solla (PT), diz que nada está descartado. O titular deixa claro que, a depender da decisão de seu partido, ele está pronto para entrar no desafio político.

“Nunca participei de nenhum projeto, nem no âmbito político, nem no âmbito partidário, que fosse individual e mais do que nunca estou à disposição para esse projeto coletivo”. Citando várias dezenas de ações realizadas pela Secretaria de Saúde, Solla destaca que, diante das inúmeras conquistas da gestão, o governador Jaques Wagner (PT) poderá potencializar com tranquilidade a sucessão. Ele exalta o poder de articulação do chefe do Executivo baiano e cita que a sua relação de proximidade com a presidente Dilma Rousseff a tem favorecido politicamente.

Segundo o auxiliar de Wagner, o PT deve ser o partido que irá hegemonizar na escolha do candidato a governador, porém, questionado sobre uma chapa tendo o vice-governador Otto Alencar (PSD) ao governo e Wagner ao Senado, ele não titubeia: “São dois nomes que podem estar em qualquer chapa, capitaneando qualquer processo, não tenha dúvida”.

Tribuna da Bahia – O seu nome chegou lançado na Assembleia Legislativa da Bahia como uma possibilidade para o governo em 2014. Até quando o PT vai insistir em manter quatro candidatos na sucessão ao governo da Bahia?
Jorge Solla 
– Olha, fui colocado em outras ocasiões que participo do Partido dos Trabalhadores desde a sua fundação, sou militante do PT desde os primórdios, os primeiros passos do partido e sempre estive à disposição de um projeto coletivo. Nunca participei de nenhum projeto nem no âmbito político, nem no âmbito partidário que fosse individual, e mais do que nunca estou à disposição para esse projeto coletivo, seja continuando onde estou, que é dando minha contribuição como secretário de Saúde, que é algo que me agrada muito, e, se for o caso, se os companheiros do partido sob coordenação do governador Wagner julgarem que eu posso colaborar em outro patamar, estaremos prontos para fazer parte desse esforço coletivo.

Tribuna – Quando haverá um afunilamento?
Solla
 – Aí é uma decisão do Partido dos Trabalhadores e do governador Wagner, que são os principais condutores desse processo. A coordenação do governador é com certeza inquestionável não só por parte do PT, mas de todos os outros partidos aliados, parceiros que formam a base reconhecem a grande liderança política que é nosso governador.

Tribuna – Nesses quase oito anos do governo Wagner, o projeto vem sendo testado dia após dia. Diante disso, qual deve ser o critério para escolha do candidato a governador?
Solla 
– Acho que não existe um critério único para esse processo. O processo político é extremamente vivo e ele obviamente reúne diversas características relacionadas ao esforço de gestão, ao processo de negociação política, de articulação partidária, de relação com a sociedade. Acho que é isso que encanta na política, é essa coisa viva, dinâmica e que a cada dia se renova.

Tribuna – Há possibilidade de o PT abrir mão da candidatura ao governo para outro nome da base?
Solla 
– Olha, eu diria que nada é impossível, mas o Partido dos Trabalhadores tem todas as credenciais para fazer o sucessor do governador Wagner, não só porque o governador é do PT, mas porque é o maior partido, de maior penetração, de maior história, de maior inserção social, de maior capacidade e dinâmica nessa frente. Isso não é desmerecendo nenhum outro partido, até porque nós temos tido uma relação muito positiva com todos os partidos e deputados que fazem parte da base do governo. Temos tido uma relação e experiência muito rica com todos eles. Além disso, é algo que nem os demais partidos questionam que esse processo seja hegemonizado pelo Partido dos Trabalhadores.

Tribuna – A situação da presidente Dilma Rousseff (PT), o momento da economia do país. O senhor acredita que isso tudo deve influenciar no nome que vai suceder o governador em 2014 na Bahia?
Solla
 – Olha, a economia tem um peso muito forte sobre a política, e relação entre o governo federal e a sucessão da presidenta Dilma e a sucessão nos estados obviamente também existe, mas eu acredito que isso vá contribuir positivamente. A presidente Dilma tem demonstrado uma grande capacidade de gestão, é um nome que tem se fortalecido e a sua sucessão eu acredito que vai fortalecer ainda mais esse processo. Além disso, a relação dela com o governador Wagner é muito próxima, de mão dupla, e acho que o governador Wagner tem contribuído muito para o fortalecimento da gestão da presidente Dilma.

Tribuna – A composição para 2014 com Otto Alencar ao governo e Wagner ao Senado seria uma chapa indestrutível?
Solla 
– Chapa indestrutível não existe, mas obviamente tanto o governador Wagner como o vice Otto são dois nomes da política baiana reconhecidos pela sua capacidade de gestão política e de articulação. Que são dois nomes que podem estar em qualquer chapa capitaneando qualquer processo, não tenha dúvida.

Tribuna – O senhor mantém o desejo de sair candidato a deputado federal ou isso não é cogitado?
Solla
 – Não posso descartar nada neste momento, até porque estamos muito longe e, como diz o ditado popular,  muita água irá rolar debaixo desta ponte. O que posso reforçar para você é que para mim tem sido uma honra muito grande estar na Secretaria de Saúde do governo Wagner nesses últimos seis anos e meio. Acho que dificilmente a Bahia poderia ter um governador que tenha dado tanta prioridade, uma contribuição quanto ele para a área da saúde. Nós mais do que dobramos os investimentos em saúde em seis anos, com resultados importantíssimos, na ampliação na capacidade instalada, na supressão de doenças imunopreviníveis, na ampliação da capacidade de atender melhor a população. Os números do governo Wagner são inquestionáveis, atestados em todas as áreas e também na área de saúde.

Tribuna – O senhor acredita que esses movimentos realizados pela população, que aconteceram no mês passado, exigem uma resposta mais rápida das autoridades?
Solla
 – Olha, eu diria que é um momento privilegiado para que possamos dar mais celeridades para as conquistas que têm muita dificuldade de se materializarem. Vou voltar a falar da saúde. Nós precisamos aumentar o financiamento para a saúde. Nós temos um projeto de iniciativa popular e já estamos marcando, todos gestores, profissionais, movimentos da saúde, para no dia 05 de agosto entregar em Brasília 1,5 milhão de assinaturas do projeto Saúde +10 para aumentar o financiamento para saúde em mais 10% da receita por parte do governo federal. Isso vai ser muito importante porque o sistema único de saúde tem o maior patrimônio de políticas publicas. Nós temos desde o maior programa de vacinação do mundo até o maior programa de transplante de órgãos. A maioria da população não tem dimensão do que é esse patrimônio. Mais de 90% de todos os serviços de alto custo e de alta complexidade são feitos pelo SUS, mais de 90% do tratamento do câncer, quimioterapia, radioterapia, de cirurgias cardiovasculares, mais de 97% do tratamento de hemodiálise é feita pelo SUS. Do outro lado ainda temos também uma vigilância sanitária eliminando os riscos para a nossa população. Eliminamos doenças como o sarampo, poliomielite, rubéola, tétano neonatal está desaparecendo. Temos hoje uma cobertura de atenção básica muito grande. O Samu já chega à Bahia para 80% da população. Isso tudo é para citar alguns dos avanços que temos tido na saúde, e para termos mais precisamos melhorar o financiamento na área. Aqui na Bahia com o governo Wagner com recursos do Estado já foram construídos mais de 600 postos de saúde e mais de 300 com recursos federais, dobramos o número de CAPs – Centros de Atenção Psicossocial. Já foram mais de 1.300 leitos hospitalares, triplicamos o número de leitos de UTI. Ainda inauguramos cinco hospitais regionais e não paramos por aí. Ainda estamos construindo o Hospital da Chapada, em Seabra, estamos construindo o HGE 2 em Salvador, em breve vamos ampliar o Hospital Roberto Santos, vamos transformar o PAN Roma para ser um novo hospital de urgência e emergência. Isso tudo para citar algumas de várias obras que estão em curso, levando a continuar esse processo de investimento na saúde que o governador Wagner tem capitaneado.

Tribuna – A saúde foi um dos grandes alvos nas manifestações. Qual o maior feito da sua gestão e com o maior desafio até o final do governo?
Solla
 – Primeiro queria chamar atenção de um aspecto interessante que acho que é muito importante para a saúde pública que ela esteja entre as prioridades nas reivindicações da população. Isso não significa que não tenhamos um patrimônio acumulado. Pelo contrário. Eu acho que o fato de a saúde hoje ser prioridade nos protestos tem dois aspectos. De um lado mostra as conquistas que o governo Lula e o governo Dilma trouxeram. Lembre-se que a primeira pauta era o emprego e renda. O desemprego era a principal reclamação do inicio. Conseguimos ampliar o emprego na sociedade. Com isso essa agenda perdeu o peso e começaram a ganhar peso na sociedade outras agendas. O fato de surgir um fôlego neste momento nas pautas torna muito mais importante o processo em curso. Eu citei alguns números mostrando desde a atenção básica até a alta complexidade. Quando o governador Wagner assumiu, só existia cirurgia cardíaca em Salvador. Hoje temos serviços em Teixeira de Freitas, em Vitória da Conquista, em Feira de Santana, Itabuna, Juazeiro. Tratamento de câncer só tinha em Salvador e em Itabuna e hoje existe em todos esses polos. Neurocirurgia só existia em Itabuna e Salvador. Hoje tem em Teixeira de Freitas, Itabuna, Jequié, Barreiras e Santo Antonio de Jesus começamos a fazer recentemente. Tudo isso amplia a capacidade de saúde da população. Isso amplia a possibilidade de a população ter acesso aos serviços de saúde. Quanto ao desafio, esse não só da Bahia, mas em todo o Brasil é termos um financiamento mais adequado para a saúde. Como eu falei, o governador mais do que dobrou os recursos próprios do Estado para a saúde e a maioria dos municípios aplica mais do que os 15% previstos. Ainda precisamos aumentar a participação no financiamento da saúde. Permita-me. Muitas vezes eu ouço dizer que o problema do SUS não é financeiro, mas de gestão. Eu desafio que me mostrem uma política pública mais eficiente que o SUS. Eficiência é você fazer mais com pouco de recursos. Se você somar todos os recursos federais e estaduais isso não dá R$2 por habitante/dia. Pra fazer da vacina ao transplante. Com R$1,98 não se paga a passagem de ida. É mais caro levar o paciente de ônibus do que tudo que o SUS gasta por dia com cada cidadão.

Tribuna – Como o senhor avalia o governo Wagner nesta reta final até 2014? O senhor acha que ele terá tranquilidade para eleger o sucessor?
Solla
 – Olha, eu acho que é um governo de conquistas sociais superimportantes. Eu falei da saúde, mas poderia também falar da educação. Ele reduziu a menos da metade o analfabetismo. Quando ele assumiu o governo, existia um para sete baianos analfabetos na população em pleno século XXI. Nós tivemos agora a maior seca da história e o impacto na saúde humana foi praticamente inexistente. Não teve água para o gado, mas pessoas tiveram água. Não sei se você percebeu isso, mas foi assim porque tinham sistemas simplificados de água o que permitiu que as pessoas não abandonassem tudo para buscar outros lugares pra sobreviver. Na área médica, por exemplo, só tinha um curso de Medicina, criado em 1908. Eu sempre brinco com isso dizendo que foi D.João VI quem criou e até agora nunca um dirigente brasileiro havia criado, como a presidente Dilma criou na Bahia. De uma vez só vamos ter curso de Medicina em Santo Antônio de Jesus (na Federal do Recôncavo), na Federal do Sul em Teixeira de Freitas, em Barreiras, no Vale do São Francisco, em Paulo Afonso. Na semana passada a presidente já anunciou o curso para Vitória da Conquista e a ampliação na Ufba e a Universidade de Integração Luso Afro Brasileira. Isso é uma conquista importante se gerar oportunidades de formação para profissionais médicos. A política de cotas também ampliou o acesso às universidades. Além disso, tem as estradas que melhoraram muito. Você viaja hoje para todos os cantos e todas as estradas estão recuperadas. Na geração de emprego e renda melhorou muito também. Acho que o governo Wagner tem muito a mostrar. Todas essas conquistas vão pavimentar a capacidade do governador Wagner de fazer a sua sucessão.

Tribuna – A vitória do prefeito ACM Neto (DEM) ajudou a distensionar a relação com a Secretaria de Saúde do município?
Solla 
– Já tinha distensionado com a ex-secretária Tatiana Paraíso. Na verdade, nós só tivemos um período de tensão que foi com o ex-vereador Gilberto José. Infelizmente, nem todas as pessoas têm a ainda a capacidade de identificar que precisamos trabalhar juntos, especialmente na saúde. A determinação do governador é de que trabalhemos com todas as prefeituras, independente da matriz partidária. Nós tínhamos uma relação positiva com a secretária Tatiana e estamos tendo com o secretário José Antonio Rodrigues da mesma forma.

Tribuna – Algum desafio intransponível na saúde de Salvador neste momento?
Solla 
– Olhe, na saúde de Salvador, particularmente, nós temos um patamar muito rebaixado do ponto de vista da capacidade instalada pública. Basta lembrar que toda a área de urgência e emergência é estadual. Salvador tem a menor cobertura de Programa de Saúde da Família entre todas as capitais. Isso tudo faz com que a rede estadual receba uma carga muito pesada. Nós já aumentamos muito a rede em Salvador, ao construírmos o Hospital do Subúrbio, saímos de 50 leitos para 150 leitos em Cajazeiras, no Eládio Lasserre, fizemos a ampliação de leitos em várias unidades e já contratamos vários leitos privados que não é obrigação do Estado porque Salvador tem gestão plena, mas em função do déficit existente. Vários hospitais antes não trabalhavam com o SUS, como o Hospital Salvador, o Hospital da Bahia. Salvamos o Hospital Espanhol. Graças ao governador, foi possível capitanear junto à Caixa e o Desenbahia um projeto de recuperação do hospital. Agora eu diria que a rede básica é um desafio fundamental porque precisamos de uma boa rede básica para evitar que o cidadão venha sofrer de intercorrências que são frutos de ausência da assistência primária e preventiva. Por exemplo, a hipertensão é a epidemia do mundo moderno. Se você não controla a hipertensão, mais cedo ou mais tarde você vai ter complicações cardiovasculares ou renais. Se você não controla a diabetes, diversos danos vão surgir no organismo, e tudo isso você faz numa boa atenção básica. Precisamos então evoluir nesse processo. Mas estamos satisfeitos com os investimentos do governador Wagner nessa área. Só de recursos do governo do Estado aqui em Salvador viabilizaram a construção de 12 postos de saúde. No ano passado pra cá o governo federal também começou a aportar recursos para financiar novos postos de saúde. Aqui na Bahia conseguimos captar R$200 milhões.

Tribuna – Como o senhor analisa a crítica dos médicos em relação à vinda de médicos de outros países?
Solla 
– Em minha opinião há uma crítica precipitada e eu diria que excessiva. O projeto que foi aprovado pela presidenta Dilma se propõe a contratar médicos para atenção básica pagando R$10 mil por mês. Inclusive a população precisa saber disso. O governo federal está propondo pagar R$10 mil por mês. Quantas pessoas recebem R$10 mil hoje na Bahia? Para 99,9% da população, eu diria que R$10 mil é um senhor salário. Então o governo federal está propondo pagar bem para levar o médico para cada local, para cada bairro. Vai abrir para médicos brasileiros. Todos os brasileiros que quiserem vão poder se candidatar. Os postos que sobrarem é que irão para médicos de outros países, afinal, uma parte de nossa população não pode ficar desassistida. Vou dar como exemplo a população indígena. Nós temos hoje 28 postos de saúde em áreas indígenas, com equipes de profissionais, das quais 16 não têm médico. E não podemos continuar deixando que mais de 60% da população indígena continue sem médico só para negar oportunidade aos profissionais de outros países. Acho interessante como damos algumas viradas na história. Lembro de quando questionávamos o porquê de Portugal não receber os nossos dentistas.  E é fantástico como agora se inverteu o jogo.

Tribuna – O senhor acredita que o exame de validação garantirá a qualidade  dos profissionais que atuarão aqui?
Solla
  – Eu não tenho nenhum indicio que me leve a crer que os médicos formados em Portugal, na Espanha não tenham qualificação necessária, pelo contrario, pois o que nós conhecemos dessas universidades há um grande padrão de formação profissional. A questão não é de que o teste ou não teste vai garantir a qualidade. Se um médico é formado no exterior e tiver o seu diploma validado, ele pode trabalhar em qualquer lugar. Aí pergunto: vale a pena o governo brasileiro investir para trazer médicos para atuar no setor privado, nos hospitais nas grandes cidades, tomando o lugar de algum brasileiro nesses hospitais, ou é melhor ter um mecanismo novo como esse que foi criado que permite um registro provisório, onde o profissional só pode atuar na saúde da família, na periferia, nos pequenos municípios aonde nenhum médico brasileiro quiser ir? Portanto, quem está preocupado em garantir os postos de trabalho dos médicos brasileiros na verdade é o governo da presidenta Dilma, porque está admitindo trazer médicos estrangeiros para atuar apenas aonde nenhum médico brasileiro quer ir. E a resposta do Revalida seria liberar geral pra que qualquer profissional desse pudesse atuar em qualquer local e, obviamente, o mercado privado é muito atrativo.

Tribuna – Para finalizar, o que dizer para os cidadãos que procuram ajuda na área de saúde e não encontram?
Solla
 – Primeiro, registrar a sua necessidade na ouvidoria do Estado. Registrar o problema que aconteceu é bom para superarmos as dificuldades.

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