Rede Bahia | G1
Testemunha afirma que ligou câmera do celular ao observar ventos fortes. ‘Temos que correr para não pegar a gente’, diz engenheiro que viu a cena.
O segurança de uma empresa responsável em perfurações de poços artesianos na zona rural e no semi-árido baiano conseguiu filmar um redemoinho de terra formado na cidade de Curaçá, na região norte, no dia 6 de outubro deste ano.
Demóstenes de Oliveira Reis conta que ligou a câmera de seu celular assim que observou um vento mais forte, com levantamento de terra, para registrar o momento. “Vejo isso sempre por aqui, já estou acostumado, mas esse foi maior”, garantiu. Enquanto fazia a filmagem, o redemoinho chegou a se aproximar do segurança e ele ficou para gravar tudo.
“Não fiquei com medo, coragem é uma coisa que não me falta. Quando ele passou por mim eu prendi a respiração por causa da poeira e esperei passar. Depois fiquei parecendo o homem de barro, de tão sujo de terra”, brinca. Nas imagens, é possível perceber que Demóstenes Reis não demonstra medo com a presença do fenômeno. Ele grita, seguidamente, a palavra “forme”, em tom de ordem.
O engenheiro Nelson da Silva Possidio, que trabalha na mesma empresa, diz que também viu o redemoinho, mas preferiu correr. “Eu já estou acostumado, mas temos que correr pra não pegar a gente”, apontou. Cláudia Valéria, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), afirma que as imagens serão avaliadas para identificar o fenômeno. Segundo ela, a região já é observada pelo Instituto há algum tempo. “O que vemos no local são movimentos circulares, com grande desenvolvimento de nuvens que podem ocasionar tempestades ou descargas elétricas”, afirma.