Patrícia Kogut: Audiência nos serviços de streaming cresce e já ameaça TV por assinatura nos EUA

O Globo

Uma pesquisa do NPD Group vem movimentando o noticiário de televisão nos Estados Unidos. Informa o estudo (está no “Variety.com”) que um número crescente de pessoas vem dando preferência ao streaming em detrimento da TV paga. Para provar a tese, o instituto acena com aferições feitas entre março de 2012 e agosto de 2013.

Segundo essas contas, o número de assinantes de canais premium como HBO, Showtime, Starz e outros caiu 6%. Paralelamente, no mesmo período, o crescimento de serviços como Hulu Plus, Amazon Prime Instant Video e Netflix cresceu quatro pontos percentuais. Assim que saiu a pesquisa, esses canais citados acima se adiantaram para dizer que esses cálculos, além de errados são desonestos. Eles afirmam, e têm um ponto, que não há provas de que esse público trocou uma coisa pela outra. O Showtime foi mais longe e provou que, ao contrário, sua carteira de assinantes cresceu no período.

Debate de estatísticas à parte, o fato é que o streaming tem presença no mercado. Até o Emmy, ao abençoar “House of cards”, avalizou a Netflix como produtora à altura das melhores televisões. Esses serviços têm freguesia et pour cause. São atraentes mesmo. Porém, a deficiência tecnológica ainda é um fosso imenso a ser superado. Quem tem AppleTV está careca de saber disso. Já tratei do tema aqui, mas ele não é assunto superado, pelo contrário. O streaming, ao contrário da TV, sofre com os horários de pico. Quem nunca se irritou com aqueles engasgos durante a exibição de sua série favorita que atire a primeira pedra. Isso quando a coisa não é inviabilizante. Como o terreno da tecnologia é tão dinâmico quanto o mercado de televisão, esperemos e torçamos. Vamos ver o que vem por aí.