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Entenda os motivos que levam a Colômbia a sonhar com a derrota do Brasil nas quartas de final

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Trabalho de Pekerman minimiza trauma do corte de Falcão García, e seleção tem em James Rodríguez e Cuadrado a esperança de vencer o maior desafio da sua história: parar a Seleção Brasileira.

Foram 16 anos sem participar de uma Copa do Mundo, e o retorno em grande estilo começou a ser desenhado nas eliminatórias sul-americanas. A ótima campanha – apenas quatro derrotas em 16 jogos, com a vaga assegurada com uma rodada de antecedência – deixou a Colômbia atrás apenas da Argentina.

Uma nova e talentosa geração tinha à frente a estrela Falcao García para liderar a seleção em seu quinto Mundial, no entanto, a grave lesão no joelho esquerdo sofrida pelo atacante em janeiro deste ano esfriou os ânimos. Submetido a uma cirurgia, ele não se recuperou a tempo, e o corte definitivo aconteceu no dia 2 de junho, quando a lista dos 23 convocados foi divulgada. Sem o seu principal jogador, os cafeteros chegaram ao Brasil como uma incógnita, mas após quatro partidas mostraram que são muito mais do que o atacante de 28 anos que atua no Monaco.


O grande desempenho na fase de grupos – com três vitórias em três jogos, nove gols marcados e dois sofridos – e a incontestável vitória sobre o Uruguai nas oitavas de final já garantiram a melhor campanha do país nas Copas – os colombianos haviam passado da primeira fase apenas em 1990, na Itália, sendo eliminados logo em seguida por Camarões. A talvez surpreendente, mas inegavelmente excelente campanha no Mundial é ilustrada na alegria dos jogadores em campo a cada gol marcado, com dancinhas lideradas pelo irreverente Armero. E é este time – que se diverte jogando bola, mas que joga bola com muita eficiência – que o Brasil terá pela frente na próxima sexta-feira, na Arena Castelão, em Fortaleza, na luta por uma vaga nas semifinais. E analisando os comandados de Jose Pekerman, do goleiro Ospina ao atacante Teófilo Gutiérrez, que herdou a camisa 9 de Falcao, é possível dizer que a Seleção terá de evoluir em relação ao que vem mostrando se quiser manter vivo o sonho do hexacampeonato.

Como equipe, a Colômbia chama atenção por duas características: a vocação ofensiva e a organização tática. A geração atual repete aquilo que Valderrama, Rincón, Asprilla e companhia gostavam bastante: partir para cima. Após os jogos deste domingo, a seleção cafetera tem o segundo melhor ataque, com 11 gols – foi ultrapassada pela holandesa, que chegou a 12 com a vitória por 2 a 1 sobre o México –, e é a quarta em finalizações certas, 33, ao lado da Suíça – perde apenas para Brasil (48), Holanda (41) e França (38). Os bons números são resultados diretos da organização tática promovida por Pekerman, que assumiu a equipe em 2012 e aos poucos trouxe disciplina ao grupo.

O mérito do trabalho do argentino de 64 anos é ressaltado por Gonzalo Maria, repórter da rádio RCN de Bogotá e que vive o dia a dia do futebol colombiano. – Hoje, a Colômbia é uma seleção que, acima de tudo, é disciplinada taticamente. Ataca muito e tem bom passe, mas sabe se defender, sabe se recompor. E o responsável por isso é o Pekerman, que conhece como poucos o futebol colombiano, porque foi jogador no nosso país e agora é treinador. Ele também sabe usar as revelações. Não teria nome melhor para trabalhar com essa geração que demorou 16 anos para fazer a seleção ressurgir, que faz todo o povo sonhar alto na Copa do Mundo – afirma Maria.

Pekerman mudou também muita coisa fora das quatro linhas. Ao contrário de seleções que se concentraram em cidades de praia, para ter contato com o público, ele escolheu o CT do São Paulo em Cotia, que fica no meio do mato, para ficar em completo isolamento. Não espere que a Colômbia apareça em eventos da Fifa ou receba visitas – o esquema, no entanto, permite alguma folga, como a concedida neste domingo, quando os jogadores aproveitaram para passear com os familiares no Guarujá. Ainda assim, somente um treino foi aberto ao público, por exigência da Fifa, e os atletas não podem dar entrevistas exclusivas. Para terminar, na véspera de cada jogo o comandante sempre fecha um treinamento.

Taticamente, a Colômbia mudou a sua disposição para as oitavas de final. Até o duelo contra o Uruguai, havia sido usado o esquema 4-2-3-1, o mesmo do Brasil. No último sábado, entrou uma formação com dois homens de frente, já que Jackson Martínez fez dupla ofensiva com Teó Gutiérrez. Em alguns momentos, percebeu-se um losango com Sanchez atrás, Aguilar e Cuadrado abertos pelas pontas e James Rodríguez pelo meio, encostando nos atacantes.

As peças importantes da engrenagem

Ao analisar as peças do seleção colombiana, é impossível começar por outro jogador que não seja James Rodríguez. Aos 22 anos, o meia do Monaco (FRA) chamou a responsabilidade, assumindo o papel que seria de Falcão García, e tem sido o comandante dentro de campo. Com tudo absolutamente dentro dos trilhos fora de campo – ele é casado e pai de uma criança de um ano –, o camisa 10 consegue refletir seu ótimo momento dentro das quatro linhas. Organizador, é o maestro que dita o ritmo da equipe. Todas as jogadas passam pelos seus pés. Além da qualidade, vai à frente e finaliza muito, tanto que é o artilheiro da Copa, com cinco gols marcados.

Ao seu lado no meio-campo, um jogador que chama atenção não apenas pelo cabelo estiloso, mas principalmente pelo futebol refinado. Juan Guilhermo Cuadrado, 26 anos, joga no Fiorentina (ITA) e, com fôlego de sobra, está constantemente no ataque e ainda ajuda a defesa, principalmente na cobertura dos laterais. Dos seus pés saíram quatro assistências para gols. Não à toa está na mira dos grandes times do futebol europeu, como Barcelona e Bayern de Munique. A espinha dorsal cafetera passa pelo goleiro David Ospina, 25 anos.

Incontestável desde as eliminatórias, é um dos braços direitos de Pekerman em campo. Fala muito e organiza a equipe, mexendo no posicionamento quando necessário. Na Copa do Mundo, ninguém trabalhou mais do que ele. Com 19 intervenções, é quem mais fez defesas no torneio. Um velho conhecido do torcedor palmeirense também se destaca na equipe. Pablo Armero pode não ser o lateral dos sonhos de muita gente, mas tem sido bastante eficiente na Copa do Mundo. E fora das quatro linhas é peça importantíssima na harmonia do elenco. Ele é quem une o elenco nas concentrações, além de ser o responsável por escolher as dancinhas nas comemorações.

Números dão vantagem ao Brasil

Ao analisarmos as estatísticas de Colômbia e Brasil na Copa do Mundo, a seleção cafetera vive melhor momento em dados importantes. Tem melhor ataque, melhor defesa e o artilheiro do campeonato – James Rodríguez tem cinco gols, e Neymar, quatro (ao lado de Thomas Müller, da Alemanha, e Messi, da Argentina). Uma característica também chama atenção: é um time que joga muito mais pelo chão do que o rival. Fora das quatro linhas, o espetacular comportamento da sua torcida mostra que a equipe de Pekerman joga fora de casa, mas nem tanto.

Os colombianos têm dado show desde a estreia, levando a “febre amarela” para as cidades por onde passam – após a vitória sobre a Grécia, o zagueiro Cristian Zapata disse ter se sentido atuando em Barranquila. – Ver o estádio cheio, com tanta gente do nosso pais nos apoiando, nos deixou muito alegres. Não imaginava que tantos colombianos viriam ao Brasil. O estádio ficou todo amarelo. Foi uma emoção única – disse o jogador do Milan.

Segundo a Fifa, os colombianos estão em quinto entre os estrangeiros que mais compraram ingressos para assistir aos jogos no Brasil – só ficaram atrás de Estados Unidos, Argentina, Alemanha e Inglaterra. Ou seja, a Arena Castelão estará pintada de amarelo. Se o Brasil aposta tudo em Neymar, a Colômbia tem James Rodríguez. Se Julio César é a esperança, Ospina também vive ótimo momento. Os donos da casa, em busca do hexa, enfrentam a principal sensação do Mundial, um visitante que não aparecia há muito tempo, mas chegou sob o comando de um jovem que hoje é o grande nome da festa. O futebol agradece.

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