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Vídeo mostra lama da Samarco chegando ao mar pela foz do Rio Doce, no Espírito Santo

Uma barreira de 9 km foi montada para proteger a fauna e flora da região. Rejeitos de mineração também atingiram Baixo Guandu e Colatina.

fonte_g1_2010| G1

A lama mudou a cor da água do Rio Doce na praia de Regência, onde o rio deságua no mar, em Linhares, Norte do Espírito Santo, na tarde deste sábado (21). Assista:

Por volta das 16h, a água começou a ficar na tonalidade marrom. Uma barreira de 9 km foi montada para proteger a fauna e flora na região e amenizar os impactos da lama.

O Serviço Geológico do Brasil informou que não tem previsão para que a parte mais densa dos rejeitos de mineração da barragem da Samarco, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton, chegue à foz. A lama está em três municípios do estado: Linhares, que não usa as águas do Rio Doce para abastecimento da cidade. Baixo Guandu, que passou a usar as águas do Rio Guandu. E Colatina, que há quatro dias parou de usar a água do rio. O rompimento de uma barragem de rejeitos de minério aconteceu no dia 5 de novembro e causou uma enxurrada de lama no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na região Central de Minas Gerais.

Foz do Rio Doce, em Regência, Linhares (Foto:  Fred Loureiro/Secom-ES)

Justiça

Na  quarta-feira, a Justiça Federal deu um prazo de 24 horas para a Samarco apresentar um plano de emergência para diminuir os impactos da lama no estado. Na quinta-feira à noite, a empresa entregou um relatório com o que vinha fazendo e o que planejava fazer, mas o Ministério Público Federal achou as medidas insuficientes. Neste sábado, o juiz federal Rodrigo Botelho decidiu aceitar o plano que a empresa apresentou e suspender temporariamente a multa milionária. Na segunda-feira (23), a Samarco vai ter, até 18h, para detalhar quais medidas serão tomadas. Se desobedecer, a mineradora vai pagar multa de R$ 10 milhões por dia.

Risco de contaminação

De acordo com o presidente substituto do Ibama, Luciano Evaristo, com a chegada ao oceano, a lama pode afetar os animais marinhos. “No percurso que está desenvolvendo agora, a lama afeta a fauna, causa um processo de congestão nos peixes, por causa da densidade do rejeito que está na água. Chegando ao estuário, ela poderá afetar a questão da nidificação das tartarugas, afetar também a ictiofauna marinha”, disse.

Segundo o biólogo André Ruschi, a chegada da lama no oceano pode ter um impacto ambiental equivalente à contaminação de uma floresta tropical do tamanho do Pantanal brasileiro. Ele acredita que, se nada for feito, o prejuízo ambiental do ‘tsunami marrom’ pode demorar 100 anos para ser revertido. Entretanto, o engenheiro da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Paulo Rosnan, os possíveis estragos estão sendo superdimensionados pelos órgãos ambientais. “No mar, eu creio que não será nada relevante. Haverá só uma mancha colorida muito grande que se dispersará normalmente, como se dispersam as manchas que saem dos rios em épocas de grandes chuvas”, falou o engenheiro.

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