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Escândalo: Professor é acusado de engravidar e provocar aborto em aluna do IFBA de Jequié

Maxson Souza Vieira, o acusado, teria iniciado o namoro quando a garota tinha apenas 14 anos, em 2014. Localizado, o suspeito negou as acusações. Entenda a história.

fonte_blogdomarcelo| Redação.BDM

Uma relação entre um professor e uma estudante do Instituto Federal de Educação (IFBA), na cidade de Jequié, foi parar na Promotoria de Justiça e está provocando polêmica entre colegas do professor e alunos.

 

 

Menor de idade, a estudante se diz ameaçada depois do fim do romance que começou quando ela tinha 14 anos e relata ameaças, inclusive com invasão da casa onde mora e um aborto forçado. O professor confirmou ao #AnB que teve relação sexual com a adolescente.

O #AgoraNaBahia teve acesso ao Termo de Declarações feito pela estudante, que compareceu à 7ª Promotoria de Justiça e contou o que ocorreu à Promotora Juliana Rocha Sampaio, da Promotoria Regional de Jequié. Tivemos acesso, também, à ata de uma reunião realizada no IFBA, onde o assunto foi tratado por diretores e coordenadores dos cursos. De acordo com as declarações da estudante começou a relação com o professor em 2014, quando era aluna dele. Diante da promotora, ela disse que manteve o relacionamento até maio deste ano, quando, por iniciativa do professor, tudo foi terminado. A partir daí, segundo ela, começaram os problemas que envolvem calúnia e difamação, dizendo que o professor espalha a notícia de que ela tentou extorquir dinheiro para ficar em silêncio e ainda é chamada de “vagabunda”, através de redes sociais.

 

 

A reportagem conversou, por telefone, com a Promotora Juliana Rocha Sampaio, mas ela adiantou que o assunto, por envolver menor de idade, é investigado em sigilo. O campus do IFBA está ocupado por estudantes que protestam contra o Governo Federal, por causa da edição da PEC 55, por isso está sem aulas. Ainda assim, tivemos acesso à história do que ocorreu, descrita em ata de uma reunião realizada entre professores e a estudante que faz a acusação contra o professor.

Diz a ata, que “em junho de 2014 iniciou os primeiros contatos da aluno A. com o professor, através de mensagens no Facebook. Em agosto de 2014, na saída das aulas, ele ofereceu carona e, durante o trajeto, eles começaram uma conversa e foram para o alto da prefeitura onde deu início o relacionamento”. Em outro trecho, o documento diz que “no primeiro momento ele não disse que tinha um relacionamento com outra pessoa, muito menos que era noivo, depois informou que namorava há 2 anos, porém a discente ficou sabendo, após algum tempo, que esse relacionamento era de longos anos e que eles eram noivos. A aluna residia em um pensionato e saia com o professor com frequência, frequentavam motéis na cidade”.

Ainda em 2014 a família (pai, tias e primas) da aluna ficaram sabendo e procurou o professor a fim de que ele se afastasse, inclusive em conversas na casa dele juntamente com advogados. Em um determinado dia em 2014, o professor chamou a aluna, juntamente com seus amigos para conversar no estacionamento do instituto para dizer que precisariam se afastar, pois a família dele havia pressionado em relação ao fim do relacionamento. A revelação que consta em ata dessa reunião entre professores, coordenadores e a aluna, revela ainda que “ele cancelou a conta que mantinha no Facebook, a fim de evitar que a noiva tivesse provas do relacionamento dele com a aluna, pois a menor já havia sido procurada pela noiva no facebook. Quando ele estava com a noiva, pedia que A. não mandasse mensagem, e logo em seguida deu um celular simples, só para envio de mensagem entre os dois, pois achava que o celular deles havia sido “rastreado”.

 

Para fazer a adolescente acreditar que ele iria ficar com ela, o professor prometia terminar o noivado e que tudo era questão de tempo. Ela confiava nele a ponto de contar particularidades de sua vida, dificuldades familiares e até mesmo abuso sexual que sofreu na infância. Relatou que ele havia se tornado o “porto seguro” dela. De origem humilde, a estudante tem pai desempregado e sempre encontrou dificuldades financeiras. Sabendo disso, o professor passou a ajudá-la e a pagar a passagem de ida e volta até o instituto e outras vezes dinheiro para comer ou até mesmo para comprar absorvente e itens de higiene. Nas relações sexuais, usava preservativo na maioria das vezes, “mas já houve algumas vezes relação sexual sem qualquer tipo de prevenção”, relatou a estudante.

Aborto

No depoimento aos professores, a estudante disse que durante a relação a menstruação atrasou e ela foi relatar para o professor. A. conta que ele comprou um teste de farmácia e entregou para ela que fez o teste no próprio instituto. Após o resultado positivo, ele entregou dois comprimidos e um chá e chamou a aluna para dentro do laboratório e lá fez com que ela tomasse todo o chá e um comprimido. Entregou o outro comprimido para ela tomar em casa, mas ela acabou nem tomando. O professor relatou à aluna que esse procedimento (chá + comprimido) havia sido fornecido por indicação do irmão que é enfermeiro, e que a esposa dela já havia abortado dessa mesma forma.

Logo após ingerir os produtos, A. passou a sentir fortes dores e foi levada pelo professor e por um amigo dele ao hospital público Prado Valadares, onde relatou o que estava sentindo e a suspeita era de aborto. Uma enfermeira orientou que neste caso era mais indicado a Santa Casa de Misericórdia. Nesse atendimento no hospital Prado Valadares quem entrou com ela foi um amigo do professor, pois ele estava de bermuda, traje não permitido no ambiente.

Quando chegaram na Santa Casa de Misericórdia, conforme orientação, havia muito movimento e não foi possível o atendimento. Foram feitas ligações para clínicas de ginecologia a fim de um atendimento particular, mas a consulta só foi marcada para a parte da tarde. Durante a consulta com um especialista foi feito exame externo pois a discente estava sangrando muito e não pode ser feito exame ginecológico. Foram solicitados exames específicos pois o aborto poderia não ter sido efetuado. Após dois dias a adolescente fez os exames e os resultados informaram que não havia mais indícios de gravidez. Nesta consulta o professor estava acompanhando a aluna dentro do consultório médico.

Medo

A estudante que divide uma casa simples com uma colega de estudos anda assustada com algumas ocorrências e usou o WhatssApp para contar o que estava ocorrendo e pedir ajuda a um professor para o que ocorreu. Em uma das conversas, ela diz que a casa onde estava foi invadida e que ela foi salva pelo latido dos cachorros. Conta, ainda, que chamou a polícia e recebeu orientações. Em outra mensagem, ela relata que está com muito medo de ficar na casa onde mora com o pai dela e a madrasta e diz que a tia acredita que a tentativa de invasão da casa não foi feita por ladrões.

 

Maxson Souza Vieira, o acusado

Possui graduação em Física pela Universidade Estadual de Santa Cruz(2007), mestrado em Engenharia e Tecnologia Espaciais pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais(2010) e doutorado em Engenharia e Tecnologia Espaciais pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais(2015). Atualmente é Professor do Instituto Federal da Bahia. Tem experiência na área de Física. Atuando principalmente nos seguintes temas:Implantação Iônica por Imersão em Plasma, Plasma, ZnO, Semicondutor, Sensor de Gás.

O #AgoraNaBahia localizou o professor Maxson em uma praia, curtindo momentos de lazer ao lado de amigos. Ao saber do assunto da nossa conversa, ficou muito nervoso e pediu para marcar um novo dia para a conversa, pois havia muito barulho no local, emitido pelas caixas de som de uma barraca. Insistimos e ele acabou falando rapidamente e confirmou que conhece a estudante, porém, negou que tenha namorado com ela. “Eu nunca namorei com ela”, disse, nervoso, o professor. Quando insistimos se ele teve relação sexual com a estudante, ele não negou: “Isso aí tivemos, sim, mas foi coisa rápida, mas não namorei com ela”, insistiu o professor. Informamos que as denúncias foram feitas à Promotoria de Justiça e envolviam tudo isso, com o nome dele à frente. Maxsom disse que “não sei de nada e não me informaram nada”.

Perguntamos sobre a denúncia de aborto, provocada por um chá e um determinado medicamento artificial, dado por ele à estudante, ele disse que não tem conhecimento disso e que sabe que ela teve problemas de saúde e que foi ao médico pra se tratar. “Está tudo no relatório médico, é só buscar”, disse o professor. Mas não explica qual é o relatório médico de que fala: o que existe dentro do IFBA na pasta pessoal dos alunos ou do médico particular para onde a menor foi levada por ele e um amigo. Sobre o relatório médico do IFBA, o #AgoraNaBahia apurou que apenas a ficha dessa aluna já não está anexada aos documentos dela. Sem nenhuma explicação, acabou desaparecendo do setor médico do estabelecimento de ensino. Lá estavam informações do dia em que a estudante foi ao local, conversou com o médico e relatou problemas de saúde. Em meio á conversa, indagou se o que sentia poderia ter relação com o “aborto” a que foi submetida. // Genildo Lawinscky . #AgoraNaBahia.

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