



Eleições 2026: Gusttavo Lima e Pablo Marçal acertam filiação ao União Brasil. Alas do partido são contrárias
Movimentação ocorre em um momento crucial, já que o partido se prepara para lançar, no próximo dia 4 de abril, a pré-candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado.
O partido União Brasil está em meio a um delicado jogo político, articulando a adesão de duas figuras públicas de grande visibilidade: o empresário Pablo Marçal e o cantor sertanejo Gusttavo Lima. Segundo informações do site da CNN, a legenda já prepara materiais de divulgação com imagens dos dois, embora a data oficial de filiação ainda não tenha sido definida. A movimentação ocorre em um momento crucial, já que o partido se prepara para lançar, no próximo dia 4 de abril, a pré-candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, à Presidência da República nas eleições de 2026.
O evento de lançamento da pré-candidatura de Caiado está marcado para ocorrer em Salvador (BA), mas enfrenta resistências internas. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), recusou um convite para participar do ato, evidenciando as divisões dentro do partido. Enquanto Caiado busca consolidar sua posição como pré-candidato, um grupo dentro da sigla defende que a filiação de Marçal e Lima ocorra antes do evento, com o objetivo de evitar que a adesão dos dois seja interpretada como um apoio direto ao governador goiano.
Estratégias divergentes e possíveis candidaturas
A possível entrada de Pablo Marçal e Gusttavo Lima no União Brasil não é vista apenas como uma forma de fortalecer a base eleitoral do partido, mas também como uma estratégia para equilibrar as forças internas. Ambos já manifestaram interesse em disputar a Presidência da República em 2026, mas, internamente, a legenda avalia outras possibilidades. Para Marçal, há discussões sobre uma candidatura ao governo de São Paulo ou ao Senado. Já Gusttavo Lima é cotado para concorrer a uma vaga no Senado por Goiás, estado onde o cantor tem forte apelo popular.
A filiação dos dois nomes, no entanto, é vista com cautela por parte da cúpula do partido. Há receio de que a entrada de figuras tão midiáticas possa ofuscar a pré-candidatura de Caiado ou até mesmo criar uma disputa interna por espaço e recursos. Além disso, a proximidade de Marçal e Lima com o eleitorado jovem e de perfil mais conservador pode representar uma mudança significativa no posicionamento político da sigla, que busca se consolidar como uma alternativa de centro-direita no cenário nacional.
Cenário incerto e desafios à vista
Enquanto o União Brasil tenta costurar uma estratégia coesa, as tensões internas e as diferentes visões sobre o futuro do partido indicam que o caminho até 2026 será marcado por negociações e disputas. A pré-candidatura de Caiado, embora já em movimento, não é unânime, e a adesão de Marçal e Lima pode tanto fortalecer a legenda quanto aprofundar as divisões. O evento em Salvador, que deveria ser um marco na trajetória de Caiado rumo à Presidência, pode se tornar um termômetro para medir a força do governador dentro do partido. Enquanto isso, os olhos se voltam para Pablo Marçal e Gusttavo Lima, cujas decisões nos próximos meses poderão redefinir o equilíbrio de poder dentro do União Brasil e influenciar diretamente o cenário eleitoral de 2026.