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Dono de ilha confiscada na Bahia diz que patrimônio é ‘fruto de suor’

Terra

Empresário se defende de acusações e afirma que não havia fugido para a Espanha, onde foi capturado.

Um dos donos da ilha de 20 mil m² na Baía de Todos os Santos, confiscada por fraudes fiscais investigadas na Operação Alquimia, da Polícia Federal, negou todas as acusações que levaram à sua prisão na segunda-feira e disse, por meio de carta divulgada nesta terça-feira, que “não se envergonha de seu patrimônio”, “fruto de muito suor”. Segundo a PF, 300 empresas instaladas no Brasil e no exterior que atuam na venda e na distribuição de produtos químicos teriam sonegado R$ 1 bilhão em impostos.

O empresário Paulo Sérgio Costa Pinto Cavalcanti (foto abaixo), presidente da Sasil Comercial e Industrial de Petroquímicos e da Varient Distribuidora de Resinas, foi detido no aeroporto, em retorno da Espanha, onde estava quando teve sua prisão preventiva decretada, na semana passada. O suspeito garantiu que não estava fora do País fugindo das investigações da PF.

“Nunca estive foragido nem procurei me furtar a esclarecer quaisquer dúvidas. Estava em viagem de férias com minha família, e deixamos o País sem qualquer restrição quando de nosso embarque, há 10 dias – antes portanto da emissão das medidas cautelares que vinham sendo preparadas em sigilo. Voltamos na data prevista, de livre e espontânea vontade, e estamos prontos para apoiar a investigação que injustamente nos atingiu”, disse Cavalcanti, após lamentar o que chamou de “avalanche de acusações absurdas” contra si.

A Sasil era um dos principais alvos da operação. Na última quarta-feira, 23 pessoas foram presas. A PF apreendeu 2,5 kg de ouro em barra, embarcações, jet-skis, lanchas, quase 100 carros, ônibus, carretas, imóveis e a ilha na costa de Salvador. Conforme a PF, as empresas investigadas foram criadas para burlar a fiscalização e transferir seus ativos para empresas maiores, servindo de laranja no esquema criminoso. Após constituir crédito tributário, as laranjas fechavam as portas e transferiam seu patrimônio para as empresas que comandavam o esquema, que operavam “de maneira completamente regular”, segundo o delegado Marcelo Freitas.

“Jamais tive ligação societária ou pessoal com empresas sonegadoras, off shore ou não. A Sasil e a Varient são empresas 100% auditadas e que prezam pela transparência nas suas contas. (…) Tivemos, sim, relações comerciais de compras e vendas diversas, na década de 90, com algumas das empresas citadas no caso. Fato que não traz nenhuma imputação legal a minha empresa, por tratar-se de uma distribuidora comercial. Meu patrimônio pessoal é fruto de muito suor, dedicação e não me envergonho dele. Ao contrário, tenho orgulho de ser um empresário de sucesso em um país com tantos entraves para o desenvolvimento do empreendedorismo”, sustentou o empresário.

A investigação que culminou na Operação Alquimia começou no final da década de 1990, e o inquérito foi aberto em 2002. “O valor dos bens apreendidos já dá para cobrir boa parte do rombo”, afirmou Hermano Machado, superintendente da Receita Federal em Belo Horizonte. A PF pretende recuperar toda a quantia desviada.

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