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Após ataques em Togo, Adebayor diz que jogadores vão decidir em reunião se jogam a Copa Africana

do Globoesporte

Principal craque togolês faz relato detalhado e cheio de emoção sobre os momentos de pânico durante o atentado a tiros ao ônibus de sua seleção

Craque do Manchester City e principal atleta da seleção de Togo, o atacante Adebayor deu um relato detalhado sobre os momentos de terror vividos por ele e seus companheiros nesta sexta. O ônibus da delegação foi metralhado ao chegar a Cabinda, em Angola, onde os togoleses devem disputar a Copa Africana de Nações (o torneio começa neste domingo).

Em entrevista à Rádio BBC, Adebayor informou que a participação ou não de Togo no torneio será decidida apenas na manhã deste sábado. Além da morte do motorista do ônibus, foram feridos no atentado membros da comissão técnica, do staff e os jogadores Kodjovi Obilalé e Serge Akakpo.

Confira abaixo o relato de Adebayor, que teve que ajudar a carregar feridos para o hospital e que passou cerca de 30 minutos sob os tiros.

Atletas decidem neste sábado se jogam ou não

“Acho que muitos jogadores querem ir embora, não acho que eles queiram mais participar deste torneio porque já vimos a morte. Vamos ter uma reunião esta noite, cada um vai para seu quarto descansar e amanhã pela manhã (sábado) vamos tomar uma decisão que seja boa para nossas vidas.”

Adebayor em ação pela seleção do Togo

Como se deu o atentado

“Vimos militares vestidos como se fossem para a guerra, foi um pouco chocante no início. Mas pensei: “Tudo bem, é normal, para a segurança, somos jogadores que estamos aqui para um grande torneio, como embaixadores africanos, então é normal a atenção com a segurança. Passamos pela fronteira e entramos em Angola. Não sei, uns 5 km mais à frente começamos a ouvir tiros no ônibus, sem razão alguma. Ao fim, tínhamos vários feridos. Um de nossos goleiros reservas levou um tiro. Nosso assessor de imprensa foi ferido. Ele nem sequer está consciente no momento, não sabemos se vai sobreviver ou não.”

Momentos de terror

“Esperamos escondidos por 30 minutos porque o ônibus não tinha como partir. Nosso motorista estava morto. Ele tinha o volante nas mãos, mas havia morrido. Depois, chegaram sete ou oito utilitários 4×4 e tivemos de saltar do ônibus para entrar nos carros.”

Adebayor carrega vítimas até o hospital

“Foi como se ainda estivéssemos vivendo num sonho. Fui um dos que tiveram de carregar os feridos para dentro do hospital. É nessas horas que você se dá conta do que realmente está acontecendo. Todos estavam chorando e chamando pela família. Acho que aquele foi o pior momento do dia.”

Atentado mancha a imagem da África

“São coisas que a gente continua falando, repentido. Na África, temos de mudar nossa imagem se quisermos ser respeitados. Infelizmente, isto não está acontecendo. Temos uma chance com um dos maiores eventos do planeta, a Copa do Mundo. Pode imaginar o que está acontecendo? Eu estou acabado, e não sei… é injusto.”

Elogio à equipe de segurança de Angola

“Para ser honesto, sem a segurança (dos militares angolanos) não estaríamos aqui falando. Talvez vocês estivessem falando sobre o meu corpo morto. A segurança fez seu trabalho muito bem.”

Indignação por não entender o porquê do ataque

“O que não entendemos é por que eles atiraram em nosso ônibus, essa é a questão agora. Ninguém encontra um motivo para isso. Não foi apenas um cara, ou dois, atirando no ônibus. Você pode imaginar? Estivemos no meio daquilo por 30 minutos, talvez até um pouco mais. O silêncio no ônibus foi inacreditável. Não sei se sou um alvo ou não, mas sei que o meu país é um alvo. Só não sei por quê.” (Nota: o grupo que assumiu a autoria do atentado luta pela independência da província de Cabinda, local do incidente)

Incerteza sobre o fim do pesadelo

“Eu ainda estou chocado porque eu não sei se isso de fato cessou ou se ainda somos o alvo.”

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