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Técnicos da Cetesb vistoriam Center Norte e mantêm multa diária. Lojistas reclamam de prejuízos

G1 | IG

Shopping recebe multa de R$ 17.450 desde o dia 19 de setembro. Estabelecimento abriu nesta sexta após conseguir liminar na Justiça.

Técnicos da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) vistoriaram nesta sexta-feira (30) o Shopping Center Norte e decidiram manter a multa diária de R$ 17.450, porque não foram atendidas as exigências de “instalação e operação do sistema de drenos de extração do gás metano presente no subsolo do empreendimento”, segundo nota divulgada nesta tarde. É o 12º dia que o estabelecimento recebe a multa do órgão ambiental.

A administração do shopping conseguiu nesta quinta-feira (29) uma liminar que impediu a Prefeitura de São Paulo de fechar o estabelecimento. O Center Norte foi construído em uma área onde já funcionou um lixão e a decomposição do material produz gás metano. Por isso, o shopping entrou na lista de Áreas Contaminadas Críticas da Cetesb.

A nota da companhia divulgada na tarde desta sexta-feira informa que, durante a inspeção, foi confirmada a instalação de dois drenos de extração de gases, que ainda não estão operando. Outros três estão sendo preparados para a instalação. No total, o shopping prevê colocar nove drenos.


A Cetesb diz que, quando todo o sistema estiver em funcionamento, fará uma avaliação “para certificar-se de que as áreas de risco potencial foram eliminadas”. Dos 18 poços de monitoramento instalados no shopping, sete acusaram índices de inflamabilidade nesta sexta-feira e nove tinham potencial de migração do gás para o ambiente interno, segundo a Cetesb.

Fechamento temporário

Na manhã desta sexta, o Sindicato dos Comerciários de São Paulo organizou um protesto em frente a uma das entradas do shopping. A instituição defende o fechamento por cerca de três  dias para a execução das obras previstas para eliminar o risco de explosão.

De acordo com Ricardo Patah, presidente do sindicato, o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) prevê que as obras sejam feitas em um prazo de 20 dias durante o período em que o shopping estivesse fechado. “O shopping ficaria fechado três ou quatro dias e poderiam executar as obras durante 24 horas com segurança”, afirmou. O objetivo, segundo o sindicato, é que no Dia das Crianças as obras já estejam concluídas.

Os comerciantes notaram uma queda enorme nas vendas, mas muitos não quiseram conversar com a reportagem. O prejuízo maior fica com os vendedores comissionados. “Sem a comissão, o salário fica muito pouco. No sábado, eu vendi R$ 99. Normalmente, eu vendo R$ 3.500”, declarou uma vendedora de lingeries que se identificou apenas como Roseli, de 18 anos. Com um fluxo reduzido de clientes, fica impossível alcançar a meta de vendas. “Se continuar assim, eu vou ter que mudar de trabalho.”

Administração do shopping

A administração do Center Norte não quis comentar a proposta do sindicato. Segundo ela, oito equipamentos para drenar o gás vão ser instalados no local, mas não informa quando eles começarão a funcionar. Ainda de acordo com a administração, o cronograma combinado com a Cetesb está sendo seguido. O shopping tem recebido multas diárias da Cetesb desde 19 de setembro. Após 30 dias, a contar desta data, a Cetesb deve elaborar um novo laudo sobre a situação do centro comercial.

“Encerro mês com R$ 47 mil negativo”,
diz dono de churrascaria no Center Norte

Para o empresário Valdir Guarnieri, sócio-proprietário da churrascaria Estrela do Sul, localizada no estacionamento do Shopping Center Norte, a notícia sobre o vazamento do gás metano no local “só trouxe prejuízos e afastou clientes”. No mesmo local há 27 anos e cinco meses, desde a construção do complexo, segundo o dono, o restaurante nunca enfrentou tempos tão difíceis. “Há 15 dias tenho gasto mais com a alimentação dos meus funcionários do que com rodízios aos clientes. Só com esse período, calculo que encerro o mês com R$ 47 mil negativo no banco”, lamenta Guarnieri.

Segundo o empresário, a movimentação do restaurante caiu aproximadamente 95% só nessas duas últimas semanas. Guarnieri diz que espera que a situação do complexo chegue logo ao fim. “Não é só o Center Norte que está sobre a área contaminada. Se todo o local apresenta um risco à população, a prefeitura tem que interditar tudo e o shopping acelerar as obras”, defende. Na quinta-feira (29), a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) informou que vai investigar se existe indícios de contaminação em outras 13 áreas próximas do Center Norte.

A interdição do Center Norte havia sido determinada, na terça-feira (27), pela prefeitura depois de laudos da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) apontarem o risco de explosão devido ao vazamento de gás metano. Por meio de uma liminar concedida pelo juiz Emílio Migliano Neto, da 7ª Vara da Fazenda de São Paulo, o shopping Center Norte abriu as portas normalmente, às 10 horas, nesta sexta-feira.

Para o empresário Guarnieri, caso o Center Norte chegue a ser interditado, haverá a necessidade da administração do shopping investir em publicidade para trazer os clientes de volta. ”Entendo o desespero de alguns vendedores e empresários. Mas precisamos resolver isso e depois mostrar que o local é seguro. Só assim os clientes irão voltar e tudo ficará bem”, acredita.

A reportagem do iG visitou o local às 12h18 e o cenário foi bem diferente do que normalmente é visto na churrascaria, defendeu o dono. Na parte externa do restaurante, não era um desafio encontrar uma vaga no pátio de estacionamento e o serviço de valets poderia ser facilmente dispensado. No saguão, as 130 mesas preparadas para receber clientes estavam vazias “como se eu estivesse me preparando para a falência”, descreve Guarnieri apontando para os quatro clientes que almoçavam no local. Os 32 funcionários do estabelecimento eram entretidos por uma grande televisão no fundo do salão. “Ainda não dispensei ninguém já que quero acreditar que isso é uma fase que logo irá passar”.

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