WebtivaHOSTING // webtiva.com . Webdesign da Bahia
secom bahia

pmvc

diamantina toyota

hospital samur

pel construtora

herrera hair institute

VCA Verso

VCA Yah Kahakai

litiz motos yamaha

camara vc cmvc

auad medical

natanael a honra do cla

Papa Francisco torce para o San Lorenzo de Almagro ‘até a medula’

globoesporteGloboesporte.com

Arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio, agora Francisco I, não perdeu jogo do título de 1946. ‘Olé’ celebra escolha como ‘la mano de Dios’.

O novo Papa, anunciado nesta quarta-feira pela Igreja Católica, é argentino. Como tal, gosta de futebol. Mas não torce pelo Boca Juniors de Maradona nem pelo River Plate de Di Stéfano nem pelo Newell’s Old Boys de Messi. Ele é torcedor ferrenho do San Lorenzo de Almagro.

Jorge Mario Bergoglio, o novo Papa, tem carteira de sócio do San Lorenzo, que ganhou após rezar missa do centenário, em 2008

Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, que era arcebispo de Buenos Aires e agora se chamará Francisco I, teve a escolha celebrada pelo diário argentino “Olé” com o título “La mano de Dios”, uma alusão ao gol de mão marcado por Maradona na Copa de 1986, quando a Argentina bateu a Inglaterra por 2 a 1.

No subtítulo, o diário dizia “Maradona, Messi… e agora Jorge Mario Borgoglio, eleito como o novo Papa”. Ainda segundo o “Olé”, Bergoglio é um torcedor do San Lorenzo “até a medula”. A tal ponto de ter rezado, em 2008, a missa do centenário do clube – e de presente ganhou uma carteirinha de sócio.

Anos atrás, o arcebispo-torcedor declarou que “não perdia nenhuma partida da campanha de 1946”. Por sinal, esse é considerado o time dos sonhos, inesquecível do “Ciclone”, como ficou conhecido o San Lorenzo, cujo grande rival é o Huracán (que significa furacão). Tanto que, após a conquista do título nacional desse ano, fez excursão à Europa com grande repercussão. Primeiro, venceu o Atlético Aviación (hoje Atlético de Madri) por 4 a 1. Depois, perdeu do Real Madrid pelo mesmo placar. Mas, na sequência, acumulou oito partidas sem perder. E com três vitórias que viraram manchete: duas sobre a seleção da Espanha (7 a 5 e 6 a 1) e uma sobre a de Portugal (10 a 4).

O time-base do “Ciclone” que encantou o mundo era Blazina, Basso e Colombo; Vanzini, Grecco e Zubieta; Imbellone, Farro, Pontoni, Martino e Silva (De la Matta). O técnico era Omar. Nessa equipe, um velho conhecido dos brasileiros era o zagueiro Oscar Basso, que mais tarde, em 1949, atuou no Botafogo e se tornou um dos maiores defensores da história do Alvinegro.

O novo Papa, Francisco I, com a camisa do San Lorenzo nos tempos de arcebispo

Basso e tantos outros fizeram o menino Jorge Mario Bergoglio se apaixonar pelo clube. O novo Papa, quando ainda arcebispo, posou para várias fotos com camisa e flâmula do San Lorenzo, um dos cinco maiores clubes do futebol argentino. Por coincidência, a agremiação, fundada em 1º de abril no bairro de Almagro, na cidade de Buenos Aires, teve na sua origem, como grande incentivador, um padre – o salesiano R.P. Lorenzo Massa -, junto com um grupo de jovens.

Na ocasião, o padre Massa aceitou o nome de San Lorenzo com uma condição:  o clube teria que honrar o santo mártir da fé e do primeiro triunfo das armas patriotas liderado pelo general San Martin na batalha de San Lorenzo. As cores escolhidas para a camisa foram o azul, que simboliza o ideal, e o vermelho, que representa a luta.

No seu twitter, o clube celebrou a escolha do ‘hermano” como o novo Papa e o parabenizou. “O cardeal Jorge Mario Bergoglio, torcedor do San Lorenzo, é o primeiro papa sul-americano e argentino”, postou, lembrando que a família do pontífice gostava de esportes – o pai foi jogador de basquete da equipe de Boedo, um bairro vizinho.

Depois, o clube emitiu um comunicado para saudar formalmente o novo comandante da Igreja Católica: “O San Lorenzo de Almagro felicita o seu simpatizante e sócio, Jorge Bergoglio, designado esta tarde como novo Papa. Sua figura simples e humilde, seu afeto pelo clube e sua proximidade ao povo argentino orgulha a nossa instituição”.

O time do San Lorenzo campeão de 1946 que encantou o Papa, então menino, com 9 anos: em pé, da esquerda para a direita, M.Rodriguez, Colombo, Zubieta, Vanzini, Blazina, Basso e Grecco; agachados, Antuña, Imbellone, Farro, Pontoni, Martino, Silva e De la Matta

O clube tem, entre suas conquistas, 14 campeonatos argentinos, uma Copa Mercosul (2001) e uma Copa Sul-Americana (2002), tendo participado de 11 Libertadores. O período de ouro do San Lorenzo, além do timaço de 1946, se deu entre 1968 e 1974, quando o time conhecido como “Los matadores” conquistou quatro títulos nacionais. Nesse período, um dos “matadores” acabou aportando no Brasil: o atacante Narciso Horácio Doval, que se tornou ídolo de Flamengo e Fluminense.

Em 1981, a decadência: o clube foi o primeiro dos cinco grandes da Argentina a cair para a segunda divisão. Mas ficou pouco tempo na Série B. No ano seguinte, voltou à elite do futebol argentino após uma campanha fenomenal e, nos últimos anos, conquistou uma Copa Mercosul em cima de um clube brasileiro, o Flamengo, em final decidida nos pênaltis. Para felicidade do agora novo Papa. Logo na sua primeira bênção, para uma Praça de São Pedro lotada, apesar da chuva, o argentino afirmou que “parece que seus colegas cardeais foram buscar o Papa no fim do mundo”, em uma referência à sua Argentina natal.

Leia também no VCN: