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Em entrevista, Marcelo Nilo quer político do interior em Ondina

fonte_atarde_3A Tarde

“Eu já vi a fome, já vi a sede, e acho que está na hora de colocarmos no Palácio de Ondina alguém que conheça o interior  do Estado”, afirmou o presidente da AL-BA e pré-candidato ao governo baiano.

Filho ilustre de Antas, município do sertão da Bahia atingido pela seca, o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo, diz que está construindo as condições políticas para se viabilizar como candidato ao governo em 2014. Sabe que a disputa na base é acirrada, mas lembra que o PT tem a preferência mas não a exclusividade. Nilo defende que o próximo governador seja um nome oriundo do interior do Estado. “Eu conheço o semiárido com a palma da mão”. O deputado reconhece os feitos do governo Wagner (PT), mas se propõe a “fazer muito mais”, como perenizar os rios. “Como pode estar fazendo a transposição (das águas do São Francisco) para o Ceará e não fazer uma transposição interna (na Bahia)?”.

PF – O senhor tem dito que sua candidatura depende do apoio do governador. Mas Wagner sinaliza que quer um petista como seu sucessor. O que faz o senhor crer que terá o aval de Wagner?
MN – Pelo o que eu conheço do governador o candidato dele será aquele que criar melhor viabilidade política. Quando fui candidato pela primeira vez à presidência da Assembleia Legislativa, ele me disse: “Nem lhe digo sim, nem lhe digo não. Crie as condições que eu lhe ajudo”. Se eu criar as condições políticas, pode ter certeza que eu terei o apoio do governador.

PF – Mas o governador não nega ter um preferido, o secretário da Casa Civil, Rui Costa (PT), que já foi até apresentado como tal à presidente Dilma Rousseff…
MN – Da boca do governador eu nunca ouvi isso. O PT terá a preferência, mas não terá a exclusividade. O PT é o maior partido, mas existem outros, como o PDT, PP, PSB, PCdoB, PSC, PSD, partidos importantes que influenciarão na sucessão.

PF – Na base de Wagner, além do PT, há pelo menos três partidos mais fortes que o seu. O PSD, do vice-governador Otto Alencar, o PP do deputado federal Mário Negromonte e o PSB da senadora Lídice da Mata. Porque Wagner escolheria alguém do PDT?
MN – Acho que ele vai escolher o candidato que tiver melhor viabilidade política. Se o secretário Rui Costa for o melhor candidato, pode ter certeza que eu o apoiarei.  Agora, se eu criar as melhores condições políticas, pode ter certeza que terei o apoio de Rui, como do PT e do próprio governador.

PF – Seus críticos dizem que o senhor articulou a quarta candidatura consecutiva na presidência da Assembleia para usar o cargo como trampolim para concretizar o desejo de ser governador. É isso mesmo?
MN – Olha, eu quis ser presidente da Assembleia porque meus pares quiseram. Agora, na política todo ato que  você pratica tem os dividendos políticos, positivos ou negativos. Como presidente da Assembleia acho que estou fazendo um bom mandato, tanto que os pares do governo e da oposição votaram (em mim). É óbvio que eu procuro faturar politicamente, mas o objetivo meu principal é fazer a Assembleia um poder respeitado pela própria  sociedade.

PF – Um desses críticos é o jornalista Newton Sobral, articulista de A TARDE, que o senhor está processando. Isto não é censura?
MN -Não. Ele fez uma crítica e eu acho que me atingiu na minha honra. Eu recebi a medalha da ABI (Associação Baiana de Imprensa) pela minha defesa da liberdade de imprensa nestes 23 anos como deputado. Agora, se o jornalista atinge na honra, só tem uma forma: entrar na Justiça. Nós vamos discutir as críticas que ultrapassaram os limites do jornalismo na Justiça. Acho que isso é democrático  e republicano.

PF -O senhor disse que está tentando viabilizar sua candidatura ao governo. De que forma está buscando isso?
MN -Eu sou homem do interior. Temos 51 anos que saiu um homem do interior para ser governador da Bahia.  Eu já vi a fome, já vi a sede, e acho que está na hora de colocarmos no Palácio de Ondina alguém que conheça o interior  do Estado. Esse homem a que me referi é Lomanto Júnior, que saiu governador em 1962. Acho que agora temos que colocar uma pessoa que conheça os problemas da Bahia, vinda do interior. Eu conheço o semiárido como a palma da minha mão. Entrei na Embasa como estagiário e saí como presidente. Portanto, eu conheço de recursos hídricos. Eu acho que, como engenheiro, homem do interior que conhece o sofrimento do povo, poderei fazer muito mais, pegando o lado positivo que o governo fez, e deixando de lado o que achei que foi equivocado.

PF – E o que foi equivocado?
MN -Nós deveríamos, por exemplo, dar prioridade à perenização dos rios. É óbvio que essa seria uma parceria do estado com o governo federal. Eu aprofundaria o que Wagner fez, mas faria perfuração de poços profundos para abastecimento de água e irrigação, como ele fez no projeto Tucano Sul, para ter alcance maior (de água)  e permanente.

PF -Se o senhor não for candidato a governador, seria candidato a que?
MN – Meu projeto número um é ser candidato a governador, meu projeto número dois é ser candidato a governador, meu projeto número três é ser candidato governador. O quarto, eu vou pensar.

PF -O senhor seria deputado novamente?
MN – Não. Acho que já contribui com o parlamento baiano.

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