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Microsoft lança Windows 8 e o tablet Surface nesta quinta-feira

Info Online

Objetivo da empresa é concorrer diretamente com a Apple, no mercado de tablets. Relatório aponta queda contínua na venda de PCs e notebooks.

A Microsoft faz hoje o lançamento mundial do Windows 8 e do tablet Surface. A dupla, que será apresentada num evento em São Paulo, nasce com duas missões bem difíceis: diminuir o declínio nas vendas de PCs e colocar a Microsoft no mundo dos tablets.

Mas por que o tablet e o sistema operacional têm essas missões? Basicamente, porque a Microsoft demorou para reagir para entrar no mercado de tablets, hoje dominado pelo iPad, da Apple. Além disso, o núcleo de estratégia da empresa foi lento para perceber que o número de tablets cresce, enquanto a venda de PCs cai. Em uma pesquisa divulgada em outubro deste ano, o Gartner informou que as vendas de PCs diminuíram 8% no terceiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.

As causas da queda, segundo os analistas, são os tablets (cujo mercado deve crescer 100% em 2012) e a crise global – que reduziu os ânimos dos consumidores e de empresas e aumentou o preço dos computadores. O resultado da crise impactou negativamente a Microsoft – que, neste ano, inclusive, registrou o primeiro prejuízo da sua história. Mas será que o Windows 8 tem capacidade de reverter esse problema no mercado de PCs? E o Surface tem potencial para conseguir incomodar a Apple (e seu iPad) e o Google (e seu Android)? Provavelmente sim, diz Atila Attila Bélaváry, analista de mercado de tablets e PCs da consultoria IDC.

A Microsoft, explica o analista, se preparou demais para vencer os dois desafios. E para isso, mudou a identidade visual, trocou executivos, matou produtos (player Zune), entre outras coisas, em pouco tempo. E ousou muito ao fazer uma completa reforma no seu principal produto. Quem testa o Windows 8 não fica com dúvidas: é a edição do sistema que mais inovação teve em comparação a seu antecessor (o software, por exemplo, até aposentou o “Menu Iniciar”, um recurso que estreou lá no Windows 95).

As mudanças, diz Bélaváry, devem ajudar positivamente o mercado . “As pessoas gostam de evoluir seus sistemas. Sempre foi assim e continuará sendo. E o Windows 8 tem elementos de sobra para atiçar as pessoas e levá-las às lojas”, diz. Mas não é só isso. Os fabricantes de computadores, no embalo da Microsoft, terão novos modelos de seus produtos, inclusive com telas sensíveis ao toque, e vão ajudar. “A quantidade de lançamentos vai gerar um buzz”.

Tablets

Bélaváry afirma que a Microsoft também vai conseguir espaço no mercado de tablets. E não vai repetir o fracasso  de vendas que teve com o Windows Phone 7, sistema para celulares lançado em novembro de 2010. Por três razões: a primeira porque a Microsoft estudou muito o mercado de tablets para atendê-lo com a dupla Windows 8 e Surface; a segunda foi o convite a parceiros do mercado de PCs. A ideia é que eles lancem tablets com o Windows 8, entrem, assim por dizer, na era pós-PC e conquistem um nicho dominado por Androids e iPads. Já a terceira razão é que ela conquiste, com o Surface e seus similares, os clientes que sempre sonharam com um tablet com a marca Microsoft.

“Esses consumidores hoje só têm entre o iPad e os tablets Android para escolher. A Microsoft passará, então, a ser a escolha deles. E a empresa será uma espécie de terceira via para os compradores que não ligam muito para marcas”, diz.

Nova interface

Apesar do potencial, o analista explica que a Microsoft terá que gastar em publicidade para explicar aos seus usuários o que é o novo Windows 8. “O sistema está muito diferente em relação às antigas versões”, diz Bélaváry. “E a empresa terá de dar uma satisfação sobre essa mudança”. É provável, portanto, que a Microsoft treine lojistas para explicar isso aos consumidores e tenha evangelistas para divulgar o Windows 8 na mídia e nas empresas.

A constatação de Bélaváry tem motivo. A imprensa especializada e analistas de mercado reclamam que a interface do novo Windows pode assustar os usuários mais conservadores e resistentes a mudanças. Recentemente, uma especialista da Nielsen Norman Group, Raluca Budiu, afirmou que milhares de usuários acostumados ao Windows 7 terão uma difícil experiência para se ajustar às novas interfaces do Windows 8, pensadas para funcionar bem em dispositivos móveis.

Ela apontou que a interface Windows 8 Modern UI, por exemplo, foi desenvolvida mais para uso em telas sensíveis ao toque do que para operações com teclado e mouse. Se um usuário quiser explorá-la, terá que perder algum tempo até se acostumar. De acordo com Budiu, as pessoas vão acabar achando o Windows 8 um sistema tão diferente que não vão conseguir abandonar o Windows 7. A mudança, portanto, pode afastar as pessoas e impactar nas vendas.

A Microsoft tem grandes desafios, sem dúvidas. Contudo, o mercado só saberá se ela se deu bem e teve êxito na estratégia com o Windows 8 e Surface daqui a alguns meses: quando a frieza dos números revelarem se as vendas de PCs aumentaram e se a Microsoft realmente conseguiu se impor no mercado de tablets.

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