Violência: Polícia investiga participação de milícias no assassinato da PM Vaneza Lobão, na porta de casa
A Polícia Militar do RJ informou que a policial militar de 31 anos trabalhava em um setor dedicado à investigação de milicianos e contraventores.
A Policial Militar Vaneza Lobão, de 31 anos, foi morta a tiros em frente à sua casa na noite desta sexta-feira (24), em Santa Cruz, Zona Oeste da Cidade do Rio de Janeiro. A militar foi atingida dentro do seu carro. Os criminosos armados fugiram. A 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) foi acionada ao local, assim como a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) que investiga o caso.
A Polícia Militar do RJ informou que Vaneza trabalhava em um setor dedicado à investigação de milicianos e contraventores. Segundo a Polícia Civil, as diligências já estão em andamento para apurar a autoria do crime e esclarecer todos os fatos. Em nota, a Secretaria de Estado de Polícia Militar repudiou veementemente e lamentou profundamente a morte da agente.
Afirmou também que ela estava na corporação desde 2013 e ainda não há informações sobre seu sepultamento. O Disque Denúncia do Rio de Janeiro está oferecendo R$ 5 mil por informações que levem à prisão dos responsáveis pela morte da PM Vaneza Lobão.
Sepultamento neste domingo
O corpo da policial militar Vaneza Lobão, de 31 anos, será enterrado neste domingo (26). A cabo da PM estava na porta de casa, na Rua Passo da Pátria, em Santa Cruz, Zona Oeste da Cidade do Rio, quando foi morta na noite de sexta-feira (24). O velório está marcado para as 14h deste domingo (26), no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste. O enterro está marcado para as 16h. A irmã mais velha de Vaneza lamentou o crime e afirmou que daria a vida pela irmã.
“Eu morri, morri quando me disseram que você se foi! Você sempre será o amor da minha vida, minha filha, milha melhor amiga, a sua Lealdade com os seus jamais será esquecida. Covardia, revolta, é o que meu coração sangra. Daria minha vida para você viver em meu lugar”, escreveu a nutricionista Andreza Lobão. O ministro Flávio Dino determinou que a Polícia Federal auxilie nas investigações da Delegacia de Homicídios e da Corregedoria da PM. “Lamentamos o terrível crime cometido contra a policial Vaneza Leão, no Rio de Janeiro. Minha solidariedade à família e aos colegas da corporação. Orientei a Polícia Federal a ajudar nas investigações, de competência das autoridades estaduais”, disse o ministro. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, lamentou a morte e afirmou que a resposta deve ser rápida e dura. “Há indícios que sejam milicianos do qual ela investigava. Ela fazia parte da nossa Corregedoria”, comentou o governador.
Companheira da vítima escapou
Vaneza e a companheira estavam saindo de casa na noite desta sexta para ir à academia, quando a cabo da PM foi assassinada. A policial estava no carro e a companheira tinha aberto o portão da casa, quando o crime ocorreu. Ela foi morta com tiros de fuzil disparados por bandidos encapuzados, que estavam em um carro preto. A esposa de Vaneza não sofreu nenhum disparo.
Vaneza estava há 10 anos na PM e era lotada na 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) e trabalhava em um setor dedicado à investigação de milicianos e contraventores. A unidade é subordinada à Corregedoria-Geral da Polícia Militar. Muito abalados, familiares da vítima estiveram no IML para reconhecer o corpo. O corpo de Vaneza foi levado por um carro de uma funerária de Campo Grande, na Zona Oeste, por volta das 15h40 deste sábado. Sepultamento ocorre às 14h deste domingo.